Tendência
Pedagógica Tradicional:
Nesta concepção a
escola assume o papel de transmitir e preservar o patrimônio cultural dominante,
preparando intelectual e moralmente os alunos a fim de que possam desempenhar
os papeis que lhes são conferidos pela sociedade. Os conteúdos são compreendidos como conhecimento e valores historicamente acumulados e que devem ser transmitidos como
verdades absolutas. O processo ensino-aprendizagem acontece por meio da
exposição verbal, demonstração e de exercícios acumulativos, tendo como objetivo
a transmissão do conhecimento das diversas áreas, envolvendo trabalho árduo, aplicação e disciplina. O
professor assume a figura de autoridade máxima e detentor do saber, e cabe ao
aluno, através do esforço próprio alcançar o sucesso. O aluno é considerado um ser
passivo, que deve estar sempre pronto para receber conhecimentos e
memorizá-los. Neste contexto, as capacidades individuais são fatores que
determinam as diferentes posições assumidas pelos indivíduos na sociedade, tendo como base a meritocracia.
Tendência
Pedagógica Progressista libertadora:

Nessa perspectiva a
escola assume um papel de buscar no seu interior uma prática educativa que se relaciona
dialeticamente com a sociedade levando em consideração as contradições nela existente. A partir desse contexto a função da educação é
elevar o nível de consciência do educando a respeito da realidade social que o
cerca, a fim de formá-lo para atuar como sujeitos históricos na busca da sua emancipação social,
econômica, política e cultural. Observa-se que o processo ensino-aprendizagem é dialógico, e busca a resolução de situações problemas, tratando os educando como sujeitos da própria história, que pertencem a uma classe social, quer seja ela historicamente excluída. O aluno é visto
como sujeito histórico inserido em uma realidade social concreta, e o professor como
mediador do processo educativo que busca relacionar de forma dialética a
prática social vivida pelo aluno e o saber socialmente significativo o qual deverá aprender, a fim de se tornar um força ativa na transformação das
estruturas sociais.
Tendência
Pedagógica Progressista Histórico-Crítica:
Nesta
concepção a escola é compreendida como parte integrante do todo social, e faz
parte dos conflitos sociais que se estabelecem na sociedade. Seu objetivo principal é preparar o educando
para participação ativa na sociedade, tornando-o sujeito crítico e criativo
capaz de transformar a realidade social excludente na qual está inserido. Com o
ensino centrado no aluno e a partir o contexto
histórico em que vive, os
conteúdos são compreendidos como produtos culturais, universais, sempre em
transformação. O conhecimento não é organizado de forma etapista ou como
produto imutável, mas sim de forma espiralada e em constante transformação, tendo como ponto de partida a relação entre teoria e prática (dialética). O professor assume uma postura
crítica, na mediação entre o saber e o aluno, sendo visto como uma autoridade
competente que direciona o processo ensino-aprendizagem, buscando em sua metodologia confrontar a
experiência que o aluno trás para a escola como saber historicamente
sistematizado e culturalmente desenvolvido.
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